O dia em que perdemos um na trilha

17 de maio de 2007 3 Por Renato
Pedal noturno

O pedal desta quarta-feira prometia. Depois de esperarmos um tempão pela Claudinha, ela chegou um pouquinho atrasada. Coisas de quem tem de atravessar dois municípios para chegar até o posto Casil, em São José.

Como um pessoal vai participar da corrida de aventura em Pomerode, neste sábado, o pedal deveria ser leve. Todo mundo em cima da bike, lá fomos os nove para um giro de uns 50 km. Estavam lá: Karina, Claudinha, Tigre, Rodrigo, Ricardo, Clodoaldo, Samuel, eu e mais um que acabei sem saber o nome! Horário: 20:40.

Pedal noturno clodoaldo

Logo na saída paramos para ver a borracha do freio da Karina. Mais uns quilômetros e foi a vez do suporte do farol do Tigre, que quebrou, e o trocador do Clodoaldo que abriu o bico. Pára, desmonta, arruma, conserta, lubrifica e a Claudinha estranhou que o pneu estava meio vazio. Quando fui colocar a minha bomba, com manômetro, para ver a calibragem, pisei em algo, que estralou. Olhei para o chão e a bela embalagem de óleo da Shimano que ela havia comprado já era! Caramba, ela nem chegou a usar o óleo, apenas o Clodoaldo usou um pouco para lubrificar o trocador e a corrente, e o conteúdo ali, no chão.

Pedalamos mais um pouco, o velocímetro marcava uns 27 km quando chegamos ao trevo que ou sai para lá do pedágio, pegando à esquerda, ou à direita, sai no Avencal e começa o retorno para São José. Depois de muita discussão sobre qual caminho pegar, a opção foi pela direita. Pois bem, agora foi o pneu da bicicleta da Claudinha que esvaziou de vez. Estava furado, desde aquela primeira parada.

Pedal noturno pneu furado

Pneu consertado, muito tempo perdido, resolvemos voltar e pagar uma estrada para encurtar a volta, pois já era tarde da noite. Nesta volta iríamos pegar uma trilha, que passa por dentro de umas plantações, que tem um single track bem legal, com erosão e trilho de tratores no chão. Quando chegamos perto da igreja vimos que o pessoal tinha se separado um pouco. Fiquei no meio de uma descida esperando pelos retardatários e quando vi as luzes das bikes, me mandei, para alcançar o pessoal que havia parado mais a frente. Ficamos parado esperando e nada.

O pessoal que havia ficado para trás não apareceu. Resolvemos voltar para ver o que havia acontecido e encontramos a Karina e o Rodrigo dizendo que haviam perdido a Claudinha. Voltamos pela trilha até o começo e nada dela. Paramos até na beira de um tanque para ver se ela não havia caído n’água. O Clodoaldo olhava até nas valetas e nada da menina. Liga para o celular dela e só chama. No dividimos e voltamos mais uma vez pela trilha e nada. Aí resolvemos que dois iriam até o posto buscar um carro e chamar a polícia, para ajudar na busca. Enquanto isto nos reunimos próximo da igreja para esperar e ver o que faríamos.
Pedi ao Clodoaldo que tentasse mais uma vez ligar para o celular da Cláudia. Não é que ela atendeu! Sabe onde ela estava? Já no posto, dentro do carro, com a bike guardada!
Alívio geral na moçada, alguns xingamentos para aliviar o stress e pernas para que te quero. Até agora não sabemos como ela chegou tão rápido até o posto. Outra, quando foi que ela se separou do grupo e por que ninguém notou nada. Chegamos no posto quando já eram 23:50.

Bem, pelo menos rimos um pouco, a chuva, que parecia próxima, não veio, ninguém se perdeu, e o treino até que foi bom!

  • Trecho: 49 km.
  • Temperatura na saída: 22 °C.
  • Média: 21,1 km/h.
  • Acumulado do mês: 213 km.
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