CTB: outra piada?
Eu assino os alertas do Google. Uma boa ferramenta que traz textos sobre palavras-chave selecionadas. Foi publicado no DIÁRIO DE CANOAS, mas vi que alguns jornais gaúchos também repercutiram o texto, da agência Estado. Leia você mesmo:
Novo Hamburgo – Leis não faltam para pensar e inserir o ciclista no trânsito de São Paulo. O difícil é levá-las para a realidade. Segundo o Artigo 201 do Código Brasileiro de Trânsito, o motorista que “deixar de guardar a distância lateral de 1,50 metro ao passar/ultrapassar bicicleta” deve ser multado em R$ 85. No período de dezembro de 2007 a novembro do ano passado, no entanto, apenas uma pessoa foi autuada na cidade com base nessa resolução, segundo pesquisa da Gerência de Suporte à Fiscalização da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Esse número ínfimo vem se somar a uma série de falhas nas políticas públicas que deveriam incentivar o uso de bicicletas em São Paulo – ao invés de abrir possibilidades para acidentes como o que matou a massagista Márcia Regina de Andrade Prado, de 40 anos, atropelada na anteontem (14) por um ônibus na Avenida Paulista. Márcia, atuante nos movimentos que defendem o uso de bicicletas, sempre dizia para os amigos: “Eu não preciso nem de 1,5 metro. Se os carros dessem 20 centímetros para eu pedalar, já teríamos tranquilidade. Mas nem isso temos”.
A informação sobre o número de autuações com base no Artigo 201 foi repassada pela CET no fim do ano passado a um grupo de ciclistas por e-mail. Procurada, a Assessoria de Imprensa do órgão não respondeu aos questionamentos da reportagem da “Agência Estado” e também não informou como um motorista foi multado – já que os marronzinhos não carregam uma fita métrica para medir a distância entre carros e bicicletas. “Parece até piada isso “, diz o presidente da Comissão de Assuntos e Estudos sobre Direito de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção São Paulo, Cyro Vidal. “Não precisamos de mais leis, precisamos de conhecimento e comprometimento.”
VÍTIMAS – Na manhã de hoje (16), mais um ciclista foi atropelado por um ônibus, desta vez em Botafogo, na zona sul no Rio. Atleta de saltos ornamentais do Fluminense, Luis Carlos Matias Moreira de Lima tentou atravessar a pista na frente de um coletivo, que não conseguiu frear. O menino de 15 anos morreu na hora.
Às 18 horas desta sexta-feira, um grupo de 300 ciclistas se reuniu na Praça do Ciclista, na esquina da Paulista com a Rua da Consolação, para homenagear pelo terceiro dia seguido a massagista Márcia. Eles soldaram na calçada em frente ao local do acidente uma “ghost bike” (bicicleta fantasma, toda pintada de branco), espécie de memorial adotado no mundo inteiro para ciclistas mortos no trânsito.
A ideia surgiu em 2002 em São Francisco, em um projeto do artista plástico Jo Slota, e foi adotada desde então em vários países da Europa.
Então? Leis existem aos montes. Para que servem? Mas a pergunta que me tenho feito, constantemente: a vida não tem mais valor?
Via: [Diário de Canoas]
Renato… cerca de 3 ou 4 meses atrás eu vi uma iniciativa dos pedaleiros de Sampa que criaram uma placa de sinalização com o artigo 201 do CBT [vide TRANSPORTE ATIVO]. Gostei tanto da idéia que primeiro arte-finalizei uma versão decente [a minha, o ciclista tem capacete! heheh] e divulguei com os grupos de Recife, onde pedalo e moro. Para completar disponibilizei-a no meu blog tb em arquivo Corel para quem quiser usar em camisetas e outras peças. Minha idéia era que TODOS os grupos, incluissem em suas camisetas anuais o mesmo ícone. Assim todos fariam a mesma campanha durante um ano. Uma forma de educar aos poucos motoristas, pedestres e comunidade em geral. Infelizmente é um trabalho longo CONVENCER TODOS OS GRUPOS. Ainda está em progresso, mas creio que é a melhor forma de, aos poucos, formar uma consciência dos ciclistas sobre seus direitos, e dos motoristas sobre respeitar as leis e a nossa vida! Acompanho seu blog que tem um perfil próximo do meu, com pedaladas, cicloativismo e novidades sobre o universo das magrelas…continue assim!