Guaraqueçaba 2
Domingo que passou (20/07/2008 ) fizemos um pedal épico, uma centúria, ou seja um pedal com mais de 100 km. Os americanos chamam de century ride e no caso deles são 100 milhas (100 mi = 160,9344 km). No meu caso foram 165,5 km. Nada mau! Por falta de tradução o termo centúria acabou de ser inventado, apesar do termo existir no espanhol 😉
Saímos de São José em quatro cavaleiros: Henrique, Rogério, Antonio e eu. Pontualmente às 5:30 da manhã de um dia limpo, sem neblina ou nuvens, com pouco frio, uns 10 °C. Pegamos a av. Rui Barbosa e fomos em direção à BR-277 com a primeira parada prevista quando o ciclocomputador marcasse 40 km, o que seria, exatamente, a entrada da estrada do Anhaia. O resto do pessoal iria de van até a entrada da estrada para Guaraqueçaba, como são de costume os passeios da Bike Shop.
Foi um bom pedal, pouco movimento na rodovia, o farol novo, recém comprado, mostrava toda a sua eficiência: HL-EL520. Este pequeno farol, mais indicado para o uso urbano, tem 1200 candelas de intensidade luminosa e 240 horas de duração para as quatro baterias AA. O pessoal apelidou-o de xenon!
Chegamos à segunda parada, a estrada de chão com média de 28 km/h, mas descemos o Anhaia beeeem devagar.
A partir daqui seriam mais oitenta e poucos quilômetros e uma estrada de chão já famosa por suas péssimas condições. Desta vez haviam até passado a máquina, revolvendo todas as pedras. E olha que são muitas! Este mês de julho quase não choveu, o que deixou as estradas todas cobertas de pó. A exceção ficou por conta da neblina que havia na região e onde a estrada era coberta por árvores o chão estava molhado. Esta estrada é também conhecida por ter locais onde o chão nunca seca, o que garante um pouquinho de lama pelo caminho.
Logo nos afastamos do pessoal que começava a pedalar a partir daí e fomos embora. Fiquei um pouco para trás e só fui encontrar o Antonio e o Rogério uns 20 km para a frente, no meio daquela serrinha que tem no começo. Paramos um pouco, comemos umas frutas, pão, gel e jogamos um pouco de conversa fora. Logo a seguir pedalamos para ver se achávamos o final da serra. Os dois imprimiram um ritmo mais forte e logo não os vi mais a minha frente.
Continuei no meu ritmo e alcancei e ultrapassei o Laudir, que estava bem descansado (foi de van). Mais um pouco e o Junior juntou-se a nós. Paramos em um boteco de beira de estrada para esperar a turma que ficou para trás, mas o Laudir saiu embora e um pouco depois foi a minha vez. Estas paradas são péssimas e acabam quebrando o ritmo do pedal. Prefiro continuar a pedalar até a exaustão do que relaxar e não poder seguir o caminho, como já aconteceu outras vezes.
A próxima parada seria em Tagaçaba. Cheguei lá e não tinha mais ninguém. Tomei um refrigerante, comi o restante do pão que havia levado coloquei água no camelbak e fui embora. Pedalando e pesando na vida, pensando na vida e pedalando.
Como estava com o gps, podia saber quanto faltava para chegar, o que foi animador,apesar do cansaço estar diminuindo o ritmo cada vez mais. Logo cheguei ao mirante, e não via a hora de chegar em uma bar para comer e beber algo.
Chegando lá quem disse que o boteco estava aberto? Tudo fechado. Não sei se é costume fechar perto da hora do almoço, mas foi duro, depois de descer a serra do mirante sonhando com uma coca-cola e um pão com queijo e salame.
Do mirante até a entrada para a estrada que leva ao Salto Morato seriam apenas 6 km e mais uns 15 – 16 km para chegar no destino, então era só continuar a pedalar. As subidas fortes ficaram para trás seria apenas o cansaço que poderia atrapalhar. Lembro-me do ano passado, quando fiz somente a parte de terra, que justo por aí que eu quase preguei. Mas este ano eu iria acabar, ah se iria.
Passei pela estrada que leva a São Paulo, mais precisamente a Cananéia, outra roubada que iremos fazer até o final do ano. Agora, cada vez mais perto até o ritmo da pedalada aumenta. Logo cheguei em uma bifurcação, que inclusive aparecia no gps, mas escolhi ir pela esquerda, um trajeto mais longo, mas é o caminho original. Na volta fizemos este, o da direita, que vem beirando a baía, com um visual incrível, o que me fez me arrepender da escolha.
Pronto, estava em Guraqueçaba, depois de pedalar 165,5 km pelo ciclocomputador,um pouco menos pelo gps. O pessoal que chegou antes já estava no restaurante do Barbosa, e foi só subir uma escada, sentar-se à mesa e comer uma deliciosa comida, aquela que eu vinha sonhando durante o caminho. Era frutos do mar, mas para falar a verdade eu preferiria um belo churrasco, fazer o quê?
Mais algumas fotos da bela cidade de Guaraqueçaba.
Para saber mais: Visite Guaraqueçaba.
Pedalzão! Coragem hehe…
Olá, Beto. Este é um daqueles que separam os homens dos meninos! No mesmo nível está aquele que fiz para a Guaricana e um que os jacus de 2rodas chamam de Bat Masterson.
E nós ‘malucos” paulistas, em terras do Paraná, só desceremos uma estrada: a…
Estamos chegando!!
Nossa que lugar liiiindo!!!!!!!!!
Centúria vem de centurião. Não é nada apropriado para o caso
Fernanda:
centúria
muito bom este pedal.. tbm fiz com outros dois amigos… no entanto fizemos em trÊs dias em saimos de curitiba.. até antonina, no segundo até tagaçaba e o terceiro até guaraqueçaba…aprendemos muita coisa.. aliás.. de que temos que sair o mais cedo, o percurso na estrada de chão.. é bem complicado, mas valeu muito!!! nota 10!!!
abraçossss e sorte em outras aventuras….
Grande Renato.
Tb fiz parte desse belo passeio, mas fui de Van, afinal faz apenas 2 meses que pedalo, e esse foi o meu segundo rider ou passeio, não to acostumado ainda, por isso apenas pedalei 65km, mas to me esforçando pra chegar perto do seu nivel, ( como se isso fosse possivel rssss)
Grande abraço
Olá, Pedaleiro! Que blog legal! Adorei as fotos, são suas? Gostei também de acompanhar as postagens, cheias de observações curiosas- e fiquei pensando em oferecer um link para a sua página oportunamente lá no Na mira.
Muitas pedaladas e inúmeros bons motivos para descrever os cenários que a sua ‘ lindinha ‘ permite admirar.
Um abraço,
Doralice Araújo
Obrigado pela visita, Doralice. Sim, as fotos são minhas, salvo indicação.
Uau! Belo relato!
E que horas vcs chegaram, Renato? Se duvidar, por pouco estaríamos no Barbosa na mesma hora! De todo modo, peguei o barco das 2h.
Qto à estrada para Cananéia, é apenas uma trilha ou já virou estrada mesmo?
abraço,
Eu cheguei às 14:50, mas um dos colegas chegou perto das 14:00 horas! A estrada para Cananéia ainda é apenas um trilha, ainda bem!
Opa galera, bacana a viagem e o relato!
Essa cidade é linda, sempre que posso vou pra ai, mas não de bike como sempre sonhei, anos atras quando estava tudo planejado pra descer ate Guara, apos uma pedalada pela graciosa, na volta ja em Ctba roubaram minha bike, uma pena, nunca mais pedalei..sinto falta, muita falta mesmo. Mas hoje o tempo e a pança não iriam permitir talvez hehe..
Abraços
[…] Pedal mais longo: 165,5 km, Guaraqueçaba; […]
quinta-feira 31 de dezembro de 2009, parabéns imagens fantasticas.adoro isto.
[…] ele explora o litoral paranaense, passando por Morretes e Antonina, não esquecendo, claro, de Guaraqueçaba já visitada por este pedaleiro em duas ocasiões. Pedal […]
dentre as coisas belas , incríveis e naturalmente salutares que se pode fazer na vida, eis aí uma espetacular – as aventuras dos “pedaleiros.” E, para fechar com um toque mágico só acontecendo pelos caminhos e trilhas do litoral paranaense, especialmente Guaraqueçaba esse lugar extraordinariamente lindo! Invejei…
Cara! Fizemos esse caminho em Setembro de 2010! Foi punk! Mas valeu a pena!