Pedais no feriado

8 de setembro de 2010 6 Por Renato

Curitiba – Ponta Grossa

O feriado começou com um pedal até Ponta Grossa, acompanhando o Mildo e esposa, que pedalariam até Tibagi para visitar o Cânion Guaterlá. Já eu, iria passar o fim de semana em Imbituva, em uma fazenda de amigos.

A minha ideia era pedalar até o Parque de Vila Velha ou, se o tempo permitisse, até Ponta Grossa, pois a Patrícia estaria vindo de carro de Curitiba, junto com a minha filha.

O movimento na rodovia estava intenso, pois o feriado longo levou muita gente a sair de Curitiba, ou para as praias, ou para o interior do Paraná, direção que seguíamos. Vimos muitos engarrafamentos, carros quebrados e somente nós pedalando.

Neste compasso, às vezes mais rápidos que os carros, logo chegamos ao pedágio de São Luiz do Purunã, primeira parada para descanso. Mal sabíamos o que nos esperava nos quilômetros seguintes.

Até ali já estávamos a 1152 metros acima do nível do mar, e os próximos quilômetros seriam nesta cota. Mas o vento que começava a soprar de norte, este ninguém via. Começou fraco e foi aumentando a medida que passava do meio-dia. Ali no pedágio me separei do casal Mildo, e comecei a pedalar mais forte, para ver se conseguia chegar em Vila Velha antes da Patrícia.

Mas cometi alguns erros. O primeiro deles, não esperava por um vento tão forte, que foi minando as minhas forças e segurando o relógio, pois em uma hora eu mal conseguia fazer 12-14 km. O segundo foi achar que haveriam postos de gasolina, barraquinhas na beira da estrada. Postos têm, mas um muito longe do outro. Resultado: fome, e a água acabando. O terceiro foi achar que não precisaria levar algum reforço alimentar, conclusão equivocada do erro número 2.

O jeito era curtir a natureza. Calor, ar seco e rios idem. O rio acima é o famoso rios dos Papagaios (Du, será que atrairá paraquedistas?), com um filete de água passando. A natureza estava feia, sem chuva a tanto tempo e com o ar poluído, devido às queimadas. Mas o pedal segue, claro.

Da entrada da colônia Witmarsum em frente o vento aumentou. O que já estava ruim, piorou. E nem sinal de um posto de gasolina para tomar uma coca-cola, encher o camelbak e comer alguma coisa salgada. Nada. Depois de pedalar mais um pouco passei por um posto, mas resolvi não parar, pois estava sozinho, o posto cheio de turistas esfomeados e eu já com insolação. Só pode, pois achar que encontraria outro posto após passar tanto tempo sem ver nenhum, só pode ser bobeira. Ainda parei e um ponto de ônibus, na sombra para descansar. Foi ali que acabou o meu gatorade e eu não conseguia nem mais olhar para as barrinhas de cereal.

Pelo menos o pedágio estava mais perto, ali, pensei eu, teria o Serviço de Atendimento ao Usuário, onde encontraria água. Que nada, no pedágio de Witmarsum não tem nada, ou então, está bem camuflado, como de São Luiz do Purunã.

A partir daqui foi um suplício, mas continuei pedalando, pois a entrada de Vila Velha estava logo ali. Depois de pegar descida da ponte do rio Tibagi e não conseguir pegar nem 30 km/h, lá embaixo joguei a toalha. Pelos meus cálculos, a Patricia deveria estar por perto. Parei na sombra, em cima da ponte e fiquei esperando.

No GPS os números do pedal até aquele ponto. Esperei um bocado, logo apareceu o Mildo e esposa, sempre sorrindo (ele). Conversamos um pouco, reclamamos do vento e pela demora resolvi ir com eles até o posto Panorâmico, próximo dali. Mal subi na bicicleta chegou o socorro. Ufa! Peguei uma garrafa de gatorade que a Patrícia havia levado e tomei-a em um só gole. Que alívio. Mildo e esposa seguiram adiante, no pedal e eu, de dentro do carro só olhando e me sentindo frustado por não ter conseguido chegar ao parque de Vila Velha.

Como consolo, mais de um mês sem pedalar, pernas e bunda desacostumados com o esforço, muito calor, umidade baixa e um vento desgraçado de forte e de proa. Mas valeu, obrigado Mildo e Odile pela companhia, à Patrícia pelo resgaste e pelo providencial gatorade. Não foi desta vez que alcancei Ponta Grossa por asfalto, mas em julhjo já havia chegado até lá, pelos fundos, via estrada do Cerne. Vai ter revanche!

Campo Magro, pastel no Canelinha

Já refeito do pedal de sábado, o Luiz fez um convite na noite anterior para um pedal leve, para voltar antes do almoço. Aceito na hora, formamos um bom grupo: Galeano, Liz, Luiz, Lyra, Pedro, Rodrigo e eu.

A ideia era esta mesmo, ir até o bar da Nona, lá no Canelinha comer um pastel e voltar. Saímos do Passeio Público às 8:40 e seguimos para a rodovia do Café, onde o Rodrigo estaria esperando. Pegamos uma estrada próxima a trilha da Copel e voltamos para a rodovia, onde pegamos uma estrada que sai na colônia Dom Pedro. Atravessamos a estrada do Cerne e seguimos para o Canelinha.

Após o pastel, muito bom por sinal, seguimos em direção à Curitiba, subindo pela estrada do lixão e logo chegamos ao parque Tingui, depois São Lourenço e finalmente Passeio Público. Pedal bom, ligeiro e com boas subidas. Além das conversas, claro. Pedro, coloquei o track no GPsies e deu um ClimbByBike-Index de 48,89. Ambos, o GPsies e o Trailguru, erram feio o acumulado de subida.

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