Guaricana – Chaminé
O final de semana prometia. Os Jacus de 2 rodas haviam me convidado para o pedal Bat Masterson, um pedal difícil, nervoso. Como já havia combinado um pedal com o RGG e os Jacus acabaram se dispersando, o Mr. Burns aceitou o nosso convite para mais uma clássica do pedal.
E eu, finalmente, fui fazer a famosa, fatídica Guaricana-Chaminé. Guaricana e Chaminé são duas usinas hidrelétricas que ficam em São José dos Pinhais, na serra do mar. Lugar de difícil acesso, poucos carros trafegam por lá, mas a paisagem é demais. Apesar do dia ter começado com uma neblina daquelas (o aeroporto chegou a ficar fechado por 10 horas) não estava frio.
Decidimos seguir pela Colônia Murici, até a Malhada. Dali pegaríamos a estrada para Roça Velha, outro local que ainda não conhecia. Ali na Murici encontramos uma patrola semeando cascalho, com bem dizem os Sombra Bikers.
O caminho que faríamos já estava no gps, então era só seguir a o roteiro. Demos uma parada na estrada que leva ao morro Redondo, mas infelizmente não dava para ver nada. Nesta região já começa o sobe-e-desce, e atingimos o ponto mais alto do pedal: 1088 m. A região, originalmente com mata atlântica, tem agora reflorestamento com pinus. Chega ser cômico, não fosse trágico. Quilômetros e quilômetros de pinus, aridez completa. A pergunta: qual idiota permite este crime? Agora adivinhem de quem é o “reflorestamento”? Comfloresta.
Mais alguns quilômetros chegamos em outra bifurcação. Seguimos em direção a UHE Chaminé. As duas hidrelétricas estão no roteiro de um pedal. Das duas, Guaricana é a mais distante. Outro local para explorar é a Colônia Castelhanos, mas isto é história para outro pedal.
O sol aparecia com uma preguiça danada e como estávamos no meio de uma serra, não sabíamos se era manhã ou tarde, uma sensação estranha. Como a gente não sabia onde começava o subidão de 5 km, toda hora a gente achava que iria subir. Nada! Ficávamos alternado subindo e descidas, agora em uma estrada que só passa veículos com tração nas quatro rodas, ou ciclistas, com muita lama.
E começamos a descer. Foi tanta descida, e aquela preocupação do que teríamos de subir, que quando chegamos a uma ponte (provavelmente o rio São João) vimos o tamanho da roubada: alcançamos os 300 m acima do nível do mar. E a rodovia estava lá em cima, na altitude de 800 m.
Agora, sim! Teríamos uns 5 km para subir 500 m, ou seja inclinação de 10%, ainda bem que a estrada é muito boa, sem pedras soltas. Mas que é dureza, lá isto é.
O Mr. Burns que arranjar um nome para esta clássica. Pensamos em muitos nomes, mas não decidimos nada. Ajude-nos e deixe sua idéia nos comentários.
Finalmente alcançamos a BR-376, bem próximo ao posto da PRF, do alto da serra. Paramos no boteco que tem ali, e mandamos ver alguns refrigerantes, por que a água fazia tempo que havia acabado. Eram 17:00 h quando começamos a pedalar no asfalto. Logo iria escurecer. Por sorte não tirei o farol de capacete o que facilitou a subida, mas o Mr. Magoo não enxergava um palmo à frente do nariz, mas mesmo assim pedalamos em um ritmo forte.
Quase chegando em São José, no bairro Barro Preto, sugeri entrarmos pelo bairro para desviar a BR, que estava com um movimento bastante intenso. Ainda comentei com eles que havíamos pedalado já uns 130 km (no meu caso) e não tínhamos sequer furado um pneu. Por que fui falar isto!
Descendo uma rua bem asfaltada, com iluminação e tudo o mais, não vi uma lombada, enquanto guardava a caramanhola no suporte. Bati na lombada segurando o guidão com apenas uma mão. Foi um cacete só, a bike pulou, fui jogado para cima do guidão e andei alguns metros pendurado na bicicleta, por cima do guidão e freiando. Acabei perdendo o equilíbrio e voando por cima. Caí me arrastando pelo chão, embrulhado com a bike. O Mr. Burns viu tudo e até agora não sabe como fiz para ficar tanto tempo em cima da bike. O RGG correu perguntado como estava o meu rosto, pois ele me viu beijando o chão. Nada, nenhum arranhão, nem no capacete.
Na bike lixei as manetes do freio, o suporte do farol, o gps e mais nada. Ah, vejam como ficou o meu relógio:
Hoje cedo fui ao médico e, felizmente, não quebrei nada. Só a dor da pancada e os esfolados no joelho e no cotovelo. Na queda fui com as mãos ao chão e, por incrível que pareça, não há qualquer sinal de desgaste. Ou seja, o uso de equipamento de segurança é imprescindível, não fosse por eles hoje eu estaria em pior condição.
O pessoal da casa em frente a lombada me atendeu, queriam até chamar o SIATE, mas eu estava me sentindo bem. Pedalei mais 10 km até chegar em casa. Mas que doeu, doeu!
Números do pedal:
- Total acumulado de subida: 2579 m
- Altitude máxima atingida: 1088 m
- Tempo de pedal: 7h52min
- Tempo parado: 3h56min
- Vel. max.: 56,2 km/h
- Média: 17,7 km/h
- Total pedalado: 142,63 km
É isso aí, rapaziada!!! só pelas fotos eu já fiquei no “veneno” de conhecer,
quero ir na próxima!!
Abraços,
Celso Ribas, MISTERHILL.
Cara, que pedal nervoso. Agora vc tem know how e quero ir também.
Legais as fotos e pelo “conto” foi show mesmo!!1
Sábado é complicado, mas pedalei na parte da tarde com o Brito no Mergulhão.
abraços
Pra cair basta andar….. faz parte, hehehe
Melhoras.
Zaka, o Adriano, que viu o pacote, perguntou se eu trabalho no circo! Para resumir, eu dei superman no hands.
Jaiderson, o negócio é nervoso, mas vale a pena. Temos de fazer antes de chegar o verão, por que o subidão, com sol na telha, é para acabar com o sujeito.
Celso, é só esperar eu voltar ao normal, aí marcamos mais um.
Aí Renato, aquele salto quase completo pelo guidão foi coisa de profissional mesmo!, só quem termina a famigerada trilha da samamabaia
gigante consegue ainda ter reflexo para escapar de um pacote mais sério!,
melhoras a você, já estou no veneno para a próxima!, sem dúvida foi um dos melhores pedais de 2008, e o percurso entrou para a galeria dos TOP 10 dos JacusDeDuasRodas! Rafael, você foi um guerreiro fazendo tudo de rígida, isto prova que só equipamento não sobe montanhas!, parabéns pela garra. Ao blog pedaleiro, obrigado pelo registro deste épico sábado de Outono, sem dúvida ele ficará na história do mountain bike, obrigado pelo excelente pedal e treino, quando vamos fazer ida e volta?????????
Burns.
muito boas as fotos, tenho que me preparar pra ir com vcs…..mas chego lá. espero que logo. abraço
Gostei das fotos.Já to me preparando….na proxima irei com vcs.valeu!!
Bikers, unidos formaremos um pelotão de ataque ao morro da samambaia gigante!!!! Neste sábado os Jacus de Duas Rodas sairão novamente com destino as usinas, só precisamos alinhar o horário, pois estamos marcando a saída de São José para às 06:30 da manhã!!!!!
O Adriano, que vontade louca é esta? Eu tenho aula no sábado, além do repouso que o médico recomendou, mas dá vontade de ir de novo…
SALVE GENTE!!!
SHOW DE PASSEIO!!!
TEM COMO ME MANDAR UM ARQUIVO COM AS COORDENADAS DO GPS!!!
ASSIM QUE DER QUERO FAZER O MESMO TRAJETO!!!
[…] ir em frente e fazer o caminho, velho conhecido, ao contrário, ou seja, descer pela entrada de Castelhanos e subir a serra do mar no sentido São […]
Cara passeio muito legal,
naum conhecia alguns desses lugares, mas vc deveria ter ido numa cachoeira q tem lah, o acesso naum e dificil, sem alguem q conheça dificilmente consseguira encontra-la, pois fika uns 15mim d caminhada no meio da mata!!!
abrasss!!
Boa tarde, Favor retratar-se à “mata atlântica” com o devido respeito e chamá-la de FLoresta Atlântica, pois esse e o maior erro que todos cometem ao se referir à floresta que nos separa do litoral, erro esse que ajudou a degragar quase que toda a Floresta, sei que não e o caso de vcs que com certeza so deixam na região as marcas de seus pneus, porém vale o pedido para pensarem na “mata” como uma floresta e tbm usarem esse termo nos proximos artigos..
Att..
Passeio show de bola heim… tem os trajetos que fizeram pra me passar? To afim de conhecer o local, porém o link do trajeto não funciona mais. Obrigado
[…] última queda foi no pedal para Guaricana-Chaminé e Castelhanos, assim estava no hora! O duro é se levantar e ver os […]