Parafina como lubrificante
A lubrificação da corrente é imprescindível, isto todos sabem, mas como ter sucesso e garantir a durabilidade da lubrificação? Em um artigo anterior, manutenção de corrente, abordei o assunto sobre a limpeza e lubrificação, indicando alguns tipos de lubrificantes recomendados.
Na época já tinha ouvido falar sobre a lubrificação usando parafina, mas ainda é um assunto que gera muita polêmica: óleo Singer, como limpar a corrente, etc. Hoje, procurando algumas dicas de DIY encontrei um artigo explicando muito bem como fazer a lubrificação usando parafina.
O artigo lubrificando a corrente usando parafina está em inglês, mas as figuras são auto-explicativas. Pesquisando por aí encontrei as instruções em português, neste blog. É um blog de um artigo só 😉 e apesar das fotos não aparecerem o texto é muito bem explicado.
Gostei, principalmente, da parte em que ele sugere mergulhar a corrente dentro de uma garrafa pet e agitar para limpar. Certamente, é muito mais fácil do que o modo que uso: pincel e escova de dentes!
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Renato, quando eu li a primeira vez sobre essa forma de lubrificar a corrente, fiquei interessadíssimo, principalmente porque a parafina estará preenchendo aquele espaço vazio dentro dos elos (que não costuma ficar vazio para quem faz MTB, enchendo-se de barro). Porém, aprofundando-me no assunto, descobri que a parafina não é um lubrificante, o que torna o tal método inapropriado por promover um desgaste prematuro desta peça. Fique pensando em um tipo de sistema híbrido: parafinado por dentro e lubrificado com óleo, como de costume, por fora. Aí vc perguntaria: mas qual a vantagem? Não entrar barro dentro da corrente. O que você acha?
Querosene, obrigado pelo seu comentário. A parafina em estado sólido pode ser considerado um lubrificante. Na verdade, qualquer meio que diminua o atrito chama-se lubrificante e até a água pode ser, algumas vezes, um lubrificante. Líquida, ela tem baixa viscosidade, o que não é interessante, mas no estado sólido ela tem propriedades semelhantes ao de uma graxa, porém sem aditivos. Vários textos citam a parafina como lubrificante.
O que falta à parafina são os aditivos, inclusões de produtos químicos que confeririam certas propriedades, como adesão por exemplo. Acredito que a maior vantagem da parafina é justamente ocupar os espaços vazios em uma corrente já gasta e, como ela não pode escapar facilmente, acaba agindo como um lubrificante hidrorrepelente.