Viajando o mundo de bicicleta

21 de janeiro de 2010 16 Por Renato

Ontem o Biking Bis trouxe um excelente artigo sobre Heinz Stucke. Este alemão está desde 1962 (o ano em que nasci) pedalando pelo mundo.

No seu site, em inglês, Heinz Stucke conta muita história, mas muita mesmo. Fala dos países por onde passou, dos amigos que fez, do equipamento que usa. Este alemão, que completou 70 anos agora em janeiro (dia 11), usa a mesma bicicleta, isto a quarenta e sete anos!

A bicicleta, produzida por um fabricante alemão, tem um cubo com três marchas (Torpedo, lembram da marca?) e freio no contra-pedal. Simples assim. Desde aquela época os aros são 26″ o que trouxe a ele uma série de problemas de reposição, findos com a era das mountain bikes. Ele conta até que, na Austrália, teve de usar um pneu australiano por cima do seu, uma vez que não haviam pneus daquela medida por lá.

Heinz Stucke. Fonte: http://www.cyclingnorthwales.co.uk/pages/heinz_st.htm

A bicicleta é bastante pesada, para os nosso padrões, mas para quem faz cicloviagens, tem o que mais interessa: robustez e confiabilidade. Pesa 25 kg e tem raios mais espessos e quadro de aço reforçado. Como ele mesmo diz: que tal ter uma quadro quebrado no meio do deserto? Ah, ele já atravessou o Saara.

Sometimes people pose the question, “What was the best country you visited?” I have difficulty in naming just one- So much depends on how you look at a country. What you like best depends on what you want to see.

For some it is the mountains, deserts, jungles, landscapes in general. It may be strange people or different cultures, you may like hunting, skiing, surfing, climbing, or you want adventure or a luxury vacation. I remember one time I met a group of bird watchers in the middle of the Amazon and all they wanted to do was see the birds, to add to the lists of birds they had seen and counted. I don’t want to knock bird watching, but if you asked one of those people which country he liked best, he would answer “Brazil”. Why? Because he saw the most colourful birds there and that’s what he likes. It’s all very relative.

Because of their originality I have liked most of the countries I have seen. I never looked for anything in particular (except perhaps challenge and adventure). I try to keep my mind open, adapt to local conditions, show goodwill and hopefully receive the same of the people and put the emphasis on learning.

Traduzindo:
Às vezes me perguntam “qual o melhor país que já visitou?” Eu tenho dificuldades em citar algum – isto depende muito de como você enxerga o país, do que você gosta, depende muito da forma como você o vê. Para alguns são as montanhas, desertos, selvas, paisagens em geral. Podem ser povos estranhos ou culturas diferentes. Você poda gostar de caçar, esquiar, surfar, escalar, ou deseja aventuras ou umas férias luxuosas. Eu me lembro uma vez em que encontrei um grupo de observadores de pássaros no meio da floresta amazônica e tudo o que eles queriam ver eram pássaros, para engrossarem a lista de pássaros que viram e contaram. Eu não quero ver pássaros mas se você perguntar para qualquer um deles qual o país que eles mais gostaram, eles responderiam o Brasil. Por que? Por que eles viram os pássaros mais coloridos lá e é isto o que eles querem. Isto é tudo muito relativo.

Por causa da sua particularidade eu gostei da maioria dos países que eu vi. Eu nunca procurei por alguma coisa em particular, exceto talvez, desafios e aventuras. Eu tento manter minha mente aberta, adaptar-se as condições locais, mostrar boa vontade e otimismo faz você receber o mesmo das outras pessoas e colocar ênfase no aprendizado…

Ele já contabilizou 545 mil km (até 2006)! Também está no Guiness como o homem que mais viajou na história entre 1995 e 1999.

Heinz Stuecke Paris fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:HeinzStueckeParis.jpg

Inspirador não acham?

Veja mais coisas sobre Heinz Stucke:

Share