Guaraqueçaba

3 de julho de 2007 8 Por Renato

Domingo a Bike Shop promoveu mais um passeio ciclístico. Bem, de passeio não teve nada, por que a estrada para Guaraqueçaba é algo surreal, tanto em beleza, quanto em sofrimento! Em compensação, o lugar é muito bonito.

Morretes, bairro alto

A foto foi tirado no local da saída, em Morretes, na localidade conhecida como Bairro Alto. Se a partida é assim imagine o resto!

Para variar sempre tem um povo meio doido. Quatro colegas resolveram que iriam pedalando de São José, afinal sofrimento pouco é bobagem. Antônio, Henrique, Cris e Willian saíram às 5:00 da madrugada em direção a Morretes, cortaram pela estrada da Inhaia Anhaia (a gente chama de inhanha, sei lá como se escreve isto!). Detalhe: passaram por lá com o dia amanhecendo, isto é, no escuro. Quando já estávamos perto da entrada encontramos os quatro cavaleiros, ou melhor ciclistas. Dois eram verdadeiros ninjas.

ninjas em morretes

O começo da pedalada foi tranqüilo, todo mundo animado, com vontade, até chegar a primeira serra: onze quilômetros subindo. A declividade não era muita coisa, mas o estado da estrada é deplorável. Passado esta etapa, a primeira parada foi no quilômetro 26, em uma venda na localidade de Potinga. Esperamos quase uma hora pelos retardatários. Alguns já haviam entrado na van.

A segunda perna seria mais longa, a parada estava prevista para o quilômetro 61, para frente de Tagaçaba. Aqui já éramos apenas cinco.

Guaraqueçaba, vista da serra

A foto acima é uma bela vista de um braço de mar. Outra coisa que chama a atenção são os rios de águas limpíssimas, convidando para um mergulho. Apesar do pouco volume de água, pois estamos no inverno, fiquei com vontade de pular na água. Podia até para ver os peixes!

rio próximo a tagaçaba

Bem, os últimos 20km foram de matar. Havia uma subida com tanta pedra e uma descida com tanta pedra, que fiquei com a mão amortecida. Depois do descidão, um pedal mais tranqüilo, com subidas mais amenas. Mas nesta hora meu ritmo caiu um bocado, ficava só olhando o velocímetro para ver quanto faltava. Ainda mais que tinham dois à minha frente e eu já os havia perdido de vista. A única decepção fica por conta do lixão de Guaraqueçaba. Tem até um tapume para esconder, mas quando passamos por ali estava aberto. Depois de tanto verde, tanto rio com águas limpas, ver um lixão é por demais entristecedor. Mas o visual que você tem ao chegar logo faz você esquecer do que viu.

Guaraqueçaba, trapiche

Guaraqueçaba, trapiche

Resumo: 80,7 km para os que saíram de Morretes, 160 km para os heróis, Antônio e Cris. O tempo ajudou, com sol e temperatura amena, um pouco de vento de proa na chegada. Para mim foram 4:07 h de pedal com quase duas horas de paradas. Média: 19,6 km, apesar das pedras, das dores e do cansaço.

Só cinco chegaram ao final do pedal!

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