
Campanhas educativas
Volta e meia fala-se muito sobre campanhas educativas. Hoje mesmo a Gazeta do Povo relatou que menos de 1 % do que foi arrecadado com multas foi usado em educação para o trânsito.
Ou seja, arrecada-se o dinheiro de multas automatizadas, sem qualquer propósito didático, e ainda por cima, não se aplica o dinheiro arrecadado corretamente. Isso quando não veiculam propagandas ridículas, como a do motociclista no corredor, cheias de preconceito.
Agora, uma organização americana, a Be Street Smart, que atua em Washington, DC, nos subúrbios de Maryland e no nordeste de Virginia, apresenta uma campanha anual de conscientização para o tráfego seguro de ciclistas e pedestres. Faz parte da campanha o envolvimento da polícia, com ações educativas. Os fundos para o trabalho vem do governo federal americano.
Alguns dos pôsteres da campanha atual:
E nós? Precisamos sair do anonimato, termos coragem de ser mais ousados e, principalmente, manter as campanhas educativas no ar por muito tempo. Temos boas ideias em todo o mundo, então a falta de criatividade não pode ser uma desculpa. Nem a falta de dinheiro!
Renato, acho que vc tem razão ao cobrar o uso do dinheiro das multas para eduação no trânsito. Mas eu acho que temos mesmo de continuar multando, e aumentando o preço das multas até a cambada começar a pensar seriamente que ou dirige bem ou se lasca. Quem dirige direito, quem respeita ciclistas e pedestres não tem o que temer. Quem não faz, multa. O aumento dos valores da Lei Seca já mostram seus resultados. Quem quer pagar quase 2.000 por uma cerveja ou 4.000 se for reincidente?!?! Pouca gente mesmo quer isso. A maioria pensa muuuuiiittto antes de tomar um gole que seja, antes de dirigir. Só sendo muito perdulário ou vivendo as custas de painho para agir na irresponsabilidade. Multar e multar bem, a educação do motorista brasileiro passa pelo bolso!
Renato,
Campanhas educativas são realmente um bom e correto destino para a arrecadação das multas, mas a campanha que vc mostra nesse post sofre com um grave desvio de propósito. Ao falar de jaywalking fica claro que a idéia é tb “ensinar o pedestre”. Mas essa perspectiva é acima de tudo injusta com que caminha. No atual sistema de trânsito, pensado exclusivamente para o conforto e segurança dos condutores de automóveis, esperar que os pedestres cumpram normas feitas para prejudica-los é no mínimo errado. Melhor educar sempre os motoristas e prepara-los para o futuro em que o conforto e segurança de quem se move pelas próprias forças volte a ser prioridade.
@João Lacerda, concordo com você, porém, para mim, o termo jaywalking refere-se ao pedestre que atravessa em qualquer lugar, sem respeitar as leis para o pedestre, que são poucas.
E claro, o pedestre não deve ser penalizado, mas deve ser cidadão, pelo menos.
@Rogério Leite, concordo, multa neles. Mas precisa ter quem multe. Aqui o pessoal da Setran se recolhe às 5:00, por exemplo.