Último pedal do ano
Domingo, dia de programa de índio, dia para o último pedal do ano. E para encerrar nada melhor do que fazer um pedal longo, difícil, matador. Assim foi. Um calor de rachar coco, amolecer asfalto e a gente pedalando, subindo a Graciosa embaixo daquela lua.
Saímos às 7:00 da Crock Pão. O Élcio veio com a pick-up para nos levar até Piraquara de onde saímos. Eu não conhecia aquela parte de Piraquara, e é realmente muito bonita, com uma estrada que vai margeando a serra do mar. Logo mais chegaram o Marcelo e o Jean, que acabei de conhecer.
Basta ver a foto para ter uma idéia do lugar. Logo saímos na BR-277, um pouco antes do pedágio. Este trecho de terra é bem curto, mas vale a pena ser explorado em outra ocasião.
Na BR-277, que estava com um bom movimento, demos uma boa pedalada para aquecer as canelas.
Logo estávamos na entrada da estrada do Anhaia. A descida foi boa, rápida, mas infelizmente existem aqueles motoristas que não respeitam os ciclistas. Tiram finas, xingam, enfim, mostram toda a sua ignorância. Na entrada encontramos o Aparecido, que estava na praia e não resistiu a indiada. Pior, deixou o carro em Morretes e subiu o Anhaia no pedal. Também, com aquela bike que ele estava, até eu! Brincadeira, o cara pedala uma enormidade e vi isto na subida da Graciosa.
Descemos o Anhaia sem maiores atropelos e pedalamos até o centro de Morretes. Lá, pausa para remendar uma câmara, comer uns sanduíches e jogar conversa fora, à sombra das árvores, na praça do coreto.
Engatamos um trenzinho a partir do Porto de Cima, mas que não durou muito tempo. Ficamos o Marcelo, o Élcio, o Aparecido e eu. Consegui acompanhá-los até um pouco acima da ponte de ferro e aí o sangue ferveu! Parei em uma sombra porque não agüentava mais o calor. Passado uns 7 minutos apareceu o Antonio, suando em bicas.
Continuei a subida e parei em um daqueles quiosques para comer alguma coisa. Logo chegou o Antonio e fizemos um lanchinho: uma espiga de milho, água de coco, coca-cola. Tomei um banho de pia, para tirar um pouco do suor e baixar a temperatura. Logo em seguida chegou o Jean. Já estava meio fraco, mas disse que aguentaria até o fim. Neste momento caiu uma chuva, fraca é verdade, mas que reanimou. A temperatura baixou um bocado e pedalar ficou mais fácil. Saindo do quiosque encontrei o Aparecido já descendo a serra para ir embora e logo depois o Marcelo e o Élcio, parados! O Élcio estava esperando pelo socorro, sua mulher viria buscá-lo porque a catraca da roda Vzan simplesmente deixou de trabalhar.
Continuei o pedal, para aproveitar a temperatura mais baixa. Uns quilometros depois passou o Marcelo por mim, bem quando estava vendo o que havia acontecido com o câmbio. Não entrava o pinhão de 34 nem com reza brava. Tinha mexido já na regulagem do cabo e nada. Quando olhei para baixo, para ver por que não engatava, vi que o conduíte havia escapado do alojamento, deixando o cabo folgado. Foi só recolocá-lo no lugar e tudo voltou ao normal. Enquanto isto o Marcelo se mandou. Minha meta era chegar até o rio, que estava mais acima e me lavar um pouco.
Cheguei lá, mas só tinha turista tirando foto. Sentei em uma pedra, tirei a sapatilha, a meia e entrei na água. Que água gelada e gostosa. Passado um tempo apontou na curva o Antonio. Foi direto para água!
Na subida, de repente parei de olhar para o chão e comecei a ver a paisagem. E que paisagem, a pedra do sete aparecia sem nuvens e o sete bem definido (clique na imagem para ampliar).
Mais um pouco e chegaríamos ao último quiosque, que marca o final da subida. Lá já estavam o Marcelo, que subiu pedalando, e o Jean, que pegou uma carona com o Élcio. O Marcelo estava com cãimbra na perna.
Decidimos ir pela trilha do Alemão e pegar a estrada de Dom Pedro. O Marcelo se mandou na frente e fiquei acompanhando o Antonio e o Jean. Este já estava nas últimas. Quando chegamos no contorno resolvemos ir pelo asfalto, e não por dentro até onde estava a caminhonete do Marcelo. O Jean foi conosco até a entrada de Pinhais e o Antonio e eu seguimos até São José.
Total da indiada: 129 km. Tempo: um monte!
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Rssssssssss muito legal, mas não me convide pra uma pedala destas que eu não vou! Huauauauauauauauau
FELIZ 2008!
Ontem pedalei com um curitibano que está radicado aqui em Caxias.
Ele estava me explicando quais as serras que vão de Curitiba ao litoral, e citou aquela que vocês fizeram outro dia e a da Graciosa, que aguçou o meu senso de sofrimento e fiquei muito curioso.
O Sandro (esqueci de perguntar o nome completo) está aqui na cidade há algum tempo, ontem sofreu bastante, pois está fora de forma (ou em forma de barril), mas disse que já competiu no brasileiro de estrada, chegando a treinar com o Mauro Ribeiro e mais um outro que não lembro o nome. Gente boa.
Abraço
Olá, Zaka. A serra da Graciosa é especial, pois além de centenária,
boa parte dela é de paralelepípedo! Aqui tem a
altimetria dela. São 870 metros em 15 km, mais ou menos.
Não é o bicho, mas é um bom treino para quem anda de MTB.
Valeu Antonio!
Realmente foi muito boa a pedalada. Tenho por certo que haverão outras. Abraços!