Último pedal do ano

31 de dezembro de 2007 4 Por Renato

Domingo, dia de programa de índio, dia para o último pedal do ano. E para encerrar nada melhor do que fazer um pedal longo, difícil, matador. Assim foi. Um calor de rachar coco, amolecer asfalto e a gente pedalando, subindo a Graciosa embaixo daquela lua.

Saímos às 7:00 da Crock Pão. O Élcio veio com a pick-up para nos levar até Piraquara de onde saímos. Eu não conhecia aquela parte de Piraquara, e é realmente muito bonita, com uma estrada que vai margeando a serra do mar. Logo mais chegaram o Marcelo e o Jean, que acabei de conhecer.

Piraquara

Basta ver a foto para ter uma idéia do lugar. Logo saímos na BR-277, um pouco antes do pedágio. Este trecho de terra é bem curto, mas vale a pena ser explorado em outra ocasião.

Na BR-277, que estava com um bom movimento, demos uma boa pedalada para aquecer as canelas.

BR-277  Élcio e Marcelo

Logo estávamos na entrada da estrada do Anhaia. A descida foi boa, rápida, mas infelizmente existem aqueles motoristas que não respeitam os ciclistas. Tiram finas, xingam, enfim, mostram toda a sua ignorância. Na entrada encontramos o Aparecido, que estava na praia e não resistiu a indiada. Pior, deixou o carro em Morretes e subiu o Anhaia no pedal. Também, com aquela bike que ele estava, até eu! Brincadeira, o cara pedala uma enormidade e vi isto na subida da Graciosa.

Antonio, secando a caramanhola

Descemos o Anhaia sem maiores atropelos e pedalamos até o centro de Morretes. Lá, pausa para remendar uma câmara, comer uns sanduíches e jogar conversa fora, à sombra das árvores, na praça do coreto.

Consertando a câmara de ar

Engatamos um trenzinho a partir do Porto de Cima, mas que não durou muito tempo. Ficamos o Marcelo, o Élcio, o Aparecido e eu. Consegui acompanhá-los até um pouco acima da ponte de ferro e aí o sangue ferveu! Parei em uma sombra porque não agüentava mais o calor. Passado uns 7 minutos apareceu o Antonio, suando em bicas.

trenzinho Porto de Cima

Continuei a subida e parei em um daqueles quiosques para comer alguma coisa. Logo chegou o Antonio e fizemos um lanchinho: uma espiga de milho, água de coco, coca-cola. Tomei um banho de pia, para tirar um pouco do suor e baixar a temperatura. Logo em seguida chegou o Jean. Já estava meio fraco, mas disse que aguentaria até o fim. Neste momento caiu uma chuva, fraca é verdade, mas que reanimou. A temperatura baixou um bocado e pedalar ficou mais fácil. Saindo do quiosque encontrei o Aparecido já descendo a serra para ir embora e logo depois o Marcelo e o Élcio, parados! O Élcio estava esperando pelo socorro, sua mulher viria buscá-lo porque a catraca da roda Vzan simplesmente deixou de trabalhar.

Continuei o pedal, para aproveitar a temperatura mais baixa. Uns quilometros depois passou o Marcelo por mim, bem quando estava vendo o que havia acontecido com o câmbio. Não entrava o pinhão de 34 nem com reza brava. Tinha mexido já na regulagem do cabo e nada. Quando olhei para baixo, para ver por que não engatava, vi que o conduíte havia escapado do alojamento, deixando o cabo folgado. Foi só recolocá-lo no lugar e tudo voltou ao normal. Enquanto isto o Marcelo se mandou. Minha meta era chegar até o rio, que estava mais acima e me lavar um pouco.

Cheguei lá, mas só tinha turista tirando foto. Sentei em uma pedra, tirei a sapatilha, a meia e entrei na água. Que água gelada e gostosa. Passado um tempo apontou na curva o Antonio. Foi direto para água!

Antonio de refrescando

Na subida, de repente parei de olhar para o chão e comecei a ver a paisagem. E que paisagem, a pedra do sete aparecia sem nuvens e o sete bem definido (clique na imagem para ampliar).

Pedra do Sete

Mais um pouco e chegaríamos ao último quiosque, que marca o final da subida. Lá já estavam o Marcelo, que subiu pedalando, e o Jean, que pegou uma carona com o Élcio. O Marcelo estava com cãimbra na perna.

Último quiosque

Decidimos ir pela trilha do Alemão e pegar a estrada de Dom Pedro. O Marcelo se mandou na frente e fiquei acompanhando o Antonio e o Jean. Este já estava nas últimas. Quando chegamos no contorno resolvemos ir pelo asfalto, e não por dentro até onde estava a caminhonete do Marcelo. O Jean foi conosco até a entrada de Pinhais e o Antonio e eu seguimos até São José.

Total da indiada: 129 km. Tempo: um monte!

Para ver todas as fotos clique aqui.

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